terça-feira, 15 de maio de 2012

Wolfgang Tillmans - O Corpo da Imagem

Este fim de semana teve um encontro do programa Contatos com a Arte para Professores, promovido pelo MAM-SP.
O tema foi a exposição de Wolfgang Tillmans que está no museu.
Não conhecia o trabalho de Tillmans e então, tudo foi uma grande surpresa. Além de achar os coordenadores do curso muito bons, a exposição é bem interessante, vale a pena dar uma olhada.
Por agora, tentarei colocar em poucas palavras o que apreendi no curso e depois, explicar a atividade prática proposta.



A carreira Tillmans começou com a pintura, seguiu para experimentos com xerox pelo desgaste de imagens e, passou para a fotografia de moda.

Seu trabalho ganhou maior visibilidade em 2008, quando ocupou uma sala especial na Bienal de Veneza.

Apesar de trabalhar com imagens fotográficas, Tillmans não se considera um fotógrafo. Para ele, pouco importa os processos técnicos inerentes à fotografia para gerar uma imagem, o que importa são as imagens. Não há fetiche. Há imagens, e as relações que elas estabelecem entre si.



Desta forma, Tillmans rompe com valores existentes na fotografia (e na arte). Na exposição vemos um grande xerox emoldurado e uma impressão de altíssima qualidade, no melhor tipo de papel, exposto a luz e pendurado com pequenos grampos na parede do museu.

Por esta mesma linha de pensamento, surgem as dobras. Tillmans faz a atenção se voltar para o "objeto" fotográfico. Traz a consciência do papel, fazendo a fotografia dialogar com o espaço.


Há imagens grandes, pequenas, em lugares inusitados e inclusive, a repetição de uma mesma imagem.

Tillmans inovou na forma de pensar uma exposição. Cada exposição é única, assumindo um pensamento de site specific. A obra de Tillmans é o espaço expositivo, como se cada imagem fosse uma peça que, só faz sentido dentro do todo.

Para saber mais visite o site www.tillmans.co.uk e vá na exposição.

ATIVIDADE PRÁTICA

A atividade prática proposta focou dois aspectos da obra de Tillmans: o desgaste das imagens pelo xerox e a busca pela tridimensionalidade da imagem.

Na sala haviam três retroprojetores, sendo um deles um projetor de sólidos, e diversos materiais como tecidos, papéis, potes, lanternas, flores e fotografias que haviam sido desgastadas pelo xerox e impressas, tanto em papel comum como em transparência. Essas fotografias foram solicitadas aos participantes e foram enviadas por email antes do curso.

A ideia era que produzíssemos imagens pela projeção dos objetos, tendo o desgaste como caracteristica estética e buscando as dobras, o corpo da imagem. Segue algumas imagens realizadas no encontro.




 E as fotografias desgastadas pelo xerox.



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